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Acordei de solavanco.

Ando irrequieta, assustada, tentando manter a sanidade.

Texto de Ana Magnani*

 

Acordei de solavanco.

Ando irrequieta, assustada,

tentando manter a sanidade.

 

A fumaça me invadiu as narinas

e fez com que o medo se instalasse.

Moro no meio da cidade,

mas meu instinto de sobrevivência grita.

 

Sobrevivência...

De quem?

Meu país queima,

suas matas queimam,

estamos todos morrendo aos poucos.

Os rios secando...

E seguimos em estado de sonolência.

 

Sobrevivência para quem?

Queimam animais,

queimam pequenas fazendas,

queimam periferias,

o fogo se alastra,

e continuamos apáticos acompanhando as notícias.

 

O fogo queima...

Eu acordo,

me reviro,

e volto a dormir.

O fogo queima...

 

--------

*Ana Magnani é doutoranda em Educação na FCLAR - Faculdade de Ciências e Letras da Unesp Araraquara. Em seu Ateliê desenvolve pesquisas sobre a temática da infância, da diversidade pesquisas sobre a temática das infâncias, diversidades com enfoque nas relações étnico-raciais e de gênero.

 

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